Boletim da ONU n.º 114

A COVID 19 tem servido como a grande "reveladora", tornando cada vez mais visíveis as desigualdades gritantes que fraturam o nosso mundo e as nossas sociedades. A prioridade RSCM JPIC/ONG identificada na nossa declaração do Capítulo Geral RSCM 2019, inclui o compromisso de "intensificar o trabalho na transformação de estruturas injustas, envolvendo outros na defesa dos direitos humanos a todos os níveis, abordando questões de desigualdades globais, migração e cuidado da Terra". Durante o mês de outubro, debatemo-nos com o desafio único de nos comprometermos numa defesa virtual, durante a pandemia. Juntámo-nos a outros virtualmente para redigir e assinar declarações que propõem ações concretas para enfrentar as desigualdades estruturais que foram exacerbadas pela pandemia. Os apelos incluem, entre outros, um apelo ao perdão da dívida dos países de baixo rendimento, um urgente apelo inter-religioso para proteger a Biodiversidade, um forte apoio à prioridade de uma iniciativa global de vacinação que dê acesso a todos os povos. Fizemos parte da declaração "Chamada de Fé à Ação" lançada pelos religiosos/as na ONU por ocasião do 75º Aniversário da ONU e contribuímos com a experiência RSCM no terreno na Zâmbia para a Declaração JCOR sobre as implicações da divisão digital global para a educação das meninas.

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Boletim da ONU n.º 113

O mês de Setembro marcou a abertura da Assembleia Geral da ONU - AGNU 75. Não havia sirenes, as ruas estavam bloqueadas e os guardas assinalavam a chegada de chefes de estado e outros dignatários. Pelo contrário, a 75ª Assembleia Geral da ONU abriu com um espírito sóbrio de colaboração socialmente distante. A reunião de Alto Nível para comemorar o 75º Aniversário das Nações Unidas realizou-se virtualmente, seguida pelo Debate Geral ao longo da semana. Cada Chefe de Estado ou de Governo falou a partir da sua própria capital, através de um discurso pré-gravado que foi introduzido pelo representante permanente do país nas cimeiras temáticas e eventos de alto nível da ONU em Nova Iorque. As cimeiras temáticas e os eventos de alto nível preencheram os dias 22 a 30 de Setembro. A primeira Declaração da AGNU, a primeira a ser negociada virtualmente, foi adoptada por consenso.

A declaração assume 12 fortes compromissos e termina dizendo "O que hoje acordamos afectará a sustentabilidade do nosso planeta, bem como o bem-estar das gerações durante décadas vindouras. Através de uma acção global revigorada e com base no progresso alcançado nos últimos 75 anos, estamos determinados a assegurar o futuro que desejamos. Para o conseguir, mobilizaremos recursos, trabalharemos os nossos esforços e mostraremos uma vontade política e uma liderança sem precedentes. Trabalharemos com parceiros para reforçar a coordenação e a governação global para o futuro comum das gerações presentes e futuras" .... Por conseguinte, não estamos aqui para celebrar. Estamos aqui para tomar medidas. Guiados pelos propósitos e princípios da Carta, estamos aqui para assegurar o futuro que queremos e as Nações Unidas de que precisamos"

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Boletim da ONU n.º 112

O Conselho Económico e Social da ONU realizou em Julho o Forum Político de Alto Nível em formato totalmente virtual. É um dos primeiros grandes encontros intergovernamentais com uma participação universal e um compromisso alargado de empresários desde o começo da crise da COVID 19. No decorrer do evento ao longo de 11 dias, houve 18 sessões oficiais, com 194 Eventos Laterais, 9 Eventos Especiais e 10 Exposições. Nas suas notas finais, o Presidente do CES, Mona Juul, disse: “não podemos voltar ao velho normal… o normal era parte do problema – em todos os nossos debates sublinhámos a recuperação como apresentando uma rara oportunidade de modelar um novo normal”. As Revisões Nacionais Voluntárias feita sobre os progressos havidos quanto aos ODSs, foram apresentadas por 47 países, 26 dos quais apresentaram pela primeira vez, 20 pela segunda e um pela terceira. Os países tinham a opção de apresentar tudo de uma só vez, mandando as apresentações gravadas previamente ou usar as duas opções. Durante o Forum Político de Alto Nível de 2020 dois países onde estão RSCM – Zâmbia e Moçambique – apresentaram as suas avaliações pela primeira vez.

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Boletim da ONU n.º 111

"A natureza está nos enviando uma mensagem!" Em uma mensagem recente, o chefe da ONU para o Meio Ambiente, Inger Andersen, disse que os humanos estão pressionando demais o mundo natural com conseqüências danosas. Alertou que, se não atendermos ao chamado para cuidar do planeta, estamos colocando em risco, cada vez mais, não apenas o nosso próprio futuro, mas o das gerações futuras. Como a pandemia do COVID 19 continuou a destacar nossa vulnerabilidade global durante o mês de junho, pelo menos seis dias internacionais chamaram nossa atenção para questões relacionadas ao meio ambiente e importantes vínculos com a saúde e o bem-estar humanos. Este é um tema muito alinhado com o chamado do Papa Francisco em Laudato SI à ecologia integral. Ele nos lembra que "qualquer acção sobre a natureza pode ter consequências que não distinguimos à primeira vista e como certas formas de exploração de recursos se obtêm à custa duma degradação que acaba por chegar até ao fundo dos oceanos. (Laudato Si, n. 41) Nesta edição do Notícias da ONU, exploramos alguns desses temas destacados em eventos recentes, seminários na web e reuniões virtuais da ONU que ressoam com o chamado do papa Francisco para cuidar da nosso casa comum.

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Boletim da ONU n.º 110

O ano 2020 marca o 75º aniversário da fundação das Nações Unidas. Desde a abertura da Assembleia Geral, no passado mês de Setembro, que o Secretário-Geral tem sido muito claro. Este não deve ser um aniversário marcado por grandes celebrações… Mas apela às Nações Unidas que sejam como que uma oportunidade de diálogo com os povos sobre o “Mundo que queremos e as Nações Unidas que precisamos”. 2020 tem de ser um ano de diálogo, sempre que nos juntamos para debater as nossas prioridades como família humana, e como construir um futuro melhor para todos. “Tudo o que fizermos durante e depois desta crise tem de ter um foco muito forte na construção de economias e sociedades mais equitativas, inclusivas e sustentáveis, mais resilientes face às pandemias, às alterações climáticas e a muitos outros desafios que enfrentamos”. O Covid-19 é um forte lembrete para a necessidade de cooperação entre fronteiras, setores e gerações. Este tema sublinha alguns dos eventos virtuais em que estamos comprometidos durante o mês de Maio.

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Boletim da ONU n.º 109

No momento em que partilhamos este Boletim da ONU, enfrentamos um mundo muito diferente daquele que conhecíamos
quando recebemos a edição de Fevereiro. Como disse o Secretário-Geral, António Guterres, numa entrevista breve, a 19 de Março, “Estamos a viver uma crise sanitária a nível global, diferente de qualquer outra nestes 75 anos da história das Nações Unidas – uma crise que está a espalhar o sofrimento humano, a infetar a economia global a acabar com a vida das pessoas.” Um mês mais tarde, devido às medidas de confinamento por afetarem todos os países exceto 5, fecharam as escolas em cerca de 98% da população estudantil. Disse o Secretário-Geral: “ A pandemia do COVID 19 é uma emergência de saúde pública…Uma
crise económica, uma crise social e uma crise humana que se está a tornar rapidamente numa crise de direitos humanos”. Neste Boletim, vamos partilhar algumas das formas como as UN, as suas agências e colaboradores estão a responder a esta crise global.

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Boletim da ONU n.º 108

O dia 19 de Fevereiro foi um dia histórico! Marcou o fim da CSOD 58, e com ela, a primeira resolução de sempre explicitamente dirigida aos sem-abrigo a nível mundial, aprovada por consenso na sessão de encerramento da 58ª Comissão sobre Desenvolvimento Social (Csoc58). Gostamos de participar e de termos podido inscrever 10 RSCM e colaboradores que estiveram em várias atividades da Comissão. Sobre este tema, no Boletim da ONU, partilhamos alguns aspetos da nossa experiência.

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Boletim da ONU n.º 107

Na mensagem para o dia 1 de Janeiro – Dia Mundial da Paz – o Papa Francisco escreveu: “A PAZ COMO CAMINHO DE ESPERANÇA: DIÁLOGO, RECONCILIAÇÃO E CONVERSÃO ECOLÓGICA” Ao começarmos esta nova década e o 75º aniversário da fundação das Nações Unidas, as suas palavras são um forte desafio para nós. “O outro nunca há de ser circunscrito àquilo que pode ter dito ou feito, mas deve ser considerado pela promessa que traz em si mesmo. Somente escolhendo a senda do respeito é que será possível romper a espiral de vingança e empreender o caminho da esperança” Que a nossa caminhada de esperança nesta nova década se baseie no diálogo, reconciliação e conversão ecológica que traz a paz.

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